quinta-feira, 9 de julho de 2009

Ano Sacerdotal 2009-2010

Em ligação a este ano dedicado ao Sacerdócio, façamos uma breve reflexão em torno deste divino dom a partir do Decreto “A Ordem dos Presbíteros” do Concílio Vaticano II.
Tal decreto nos diz: “os presbíteros, em virtude da sagrada Ordenação e da missão que recebem das mãos dos Bispos, são promovidos ao serviço de Cristo Mestre, Sacerdote e Rei, de cujo ministério participam e mediante o qual a Igreja continuamente é edificada em povo de Deus, Corpo de Cristo e templo do Espírito Santo” (Presbiterorum Ordinis [PO] n. 1).
A Sagrada Ordenação e Missão recebidas – Daqui se pode retirar a natureza, a razão de ser dos sacerdotes. A Ordem diz respeito a um dos Sacramentos instituído por Jesus ao separar, entre os que O seguiam, doze (12), para uma missão especial: assim como o Pai me enviou, Eu vos envio (Jo 20,21). “Cristo, mediante os mesmos apóstolos, tornou participantes da sua consagração e missão os sucessores deles, os bispos, cujo múnus de ministério, em grau subordinado, foi confiado aos sacerdotes, para que constituídos na Ordem do presbiterado fossem cooperadores da Ordem do Episcopado para o desempenho perfeito da missão apostólica confiada por Cristo (PO n. 2).
Promovidos ao serviço de Cristo Mestre, Sacerdote e Rei – Percebemos aqui o “ofício dos presbíteros” do qual participam da autoridade com que o próprio Cristo funda, santifica e governa o seu Corpo, que é a Igreja. Pois, “o sacerdócio dos presbíteros é conferido mediante um sacramento particular, em virtude do qual os presbíteros, pela unção do Espírito Santo, são assinalados com um caráter especial (caractere - marca) e, assim, configurados a Cristo Sacerdote, de tal modo que possam agir na Pessoa de Cristo cabeça” (Ibid.).
Pelo Ministério edificam a Igreja – É mediante o “múnus apostólico”, do qual participam a seu modo, que os presbíteros recebem de Deus a graça de serem ministros de Jesus Cristo no meio dos povos. “Com efeito, o povo de Deus é convocado e reunido em virtude da mensagem apostólica, de tal modo que todos quantos pertencem a este povo, uma vez santificados no Espírito Santo, se ofereçam como ‘hóstia viva, santa, agradável a Deus’ (Rm 12,1)”. Aqui se percebe a essencialidade do sacerdócio ministerial entre o povo de Deus, pois, “é pelo ministério dos presbíteros que o sacrifício espiritual dos fiéis fica consumado em união com o sacrifício de Cristo, mediador único, que é oferecido na Eucaristia de modo incruento e sacramentalmente pelas mãos deles, em nome de toda Igreja, até quando o mesmo Senhor vier” (Ibid.).
Em conclusão, os presbíteros, com seu ministério e com sua vida têm por fim atingir “a glória de Deus Pai em Cristo”. Mas, “quer orem ou adorem, quer preguem a palavra de Deus, quer ofereçam o Sacrifício Eucarístico da Santa Missa ou administrem os demais Sacramentos, quer exerçam outros ministérios a favor dos homens, concorrem, pois, não só para aumentar a glória Deus, mas também para fazer progredir os homens na vida divina” (Ibid.).

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